30 de dez. de 2008

2008 - o ano da âncora

"Eu que não fumo, queria um cigarro
Eu que não amo você... envelheci dez anos ou mais neste último mês
(...)
senti saudade... vontade de voltar
(...)
O certo é que eu dancei, sem querer dançar
E agora já nem sei qual é o meu lugar"




Das justificativas...
Sei que este não é o espaço para o que pretendo postar aqui. Mas se eu quiser ficar categorizando tudo o que escrevo... acho que vou pra mais de 2165461368546315 blogs.
Pois é, a dieta foi pro espaço. O ganho de peso é notável. Estou retomando a dieta pouco a pouco. Hoje evitei o pão.
O meu problema foram os últimos meses desgraçados que me apareceram no meio da estrada... dos dias finais de outubro em diante foi só stress, tensão e ansiedade demais!
Fim de ano letivo, falecimentos consecutivos na família do ex-namorado, problemas com a família do mesmo, encomendas, exame na disciplina a que mais me apliquei e daí por diante...


Dos frutos de 2008... e do porvir
Se eu pensar em frutos colhidos em 2008, o mais vistoso e mais delicioso foi a minha troca de trabalho, estou num lugar em que me sinto mais em casa do que em minha própria casa (sim, foi redundante). Mudei de serviço no momento em que eu queria abandonar o local onde eu estava trabalhando, enfim a luz no fim do tunel não era o trem! Pelo contrário, foi a chave para que eu fosse mais feliz, mais satisfeita... me impulsiona a cada dia! O lado mais lindo e brilhante de 2008.
No mais, usei a parte ruim do meu 2008 e estou convertendo num feliz 2009 pra mim. Odeio de morte essas frescuras de ano novo/feliz ano novo/adeus ano velho... mas esse ano eu precisava recauchutar tudo pra que 2009 se abra diferente pra mim, bem diferente do que foi 2008.
Comecei no visual.. cortei cabelo! E prepare-se, vou pintar... piercing também é uma das prioridades. Amanhã vou caminhar. Dieta de volta já!
Dei segmento à minha mudança removendo a "tralha": falsas amigas, namorado negligente/falso e amizades que me buscavam por interesse. Tudo no lixo, com um pé meu na bunda de cada. Feliz? Ainda não sei. Espero as conseqüências disso. A princípio estou feliz!
Ah, teve mudança pra mal também... carregarei disciplinas. Vou lidar com um lado meu que eu não conhecia: o lado fracassado. Já estou trabalhando nisso pra superar esses fantasmas que vão me perseguir ano que vem e assombrar a minha provável (ou não) formatura. O sentimento de fracasso é, ao mesmo tempo, amargo e dolorido. Insuportável, pungente e depressivo.


Do agora... incluindo o namoro falido
Estou passando por um momento meio indefinido, que eu não sei o que é, como é nem nada do tipo. Primeiras férias da minha vida! E no segundo dia eu já estava louca por não ter absolutamente nada pra fazer, nem compromisso nenhum... isso me adoece.
Terminei com o bofe também... depois de um tempo indeterminado de namoro (sim, não tínhamos data de porra nenhuma.Sabe namoro iôiô? Aquele que vai e vem? pois é) - tempo esse que estimo em algo em torno de 1 ano e 1 mês - eu desisti dele. Odeio sentir insegurança, seja no sentimento que for, amizade, ódio ou o que for; e ele me dava muita insegurança e o que é ainda pior: incerteza. Nunca soube o que acontecia dentro daquela caixa toráxica dele (agora também nem me importa mais) e mais: ainda aturei desrespeito às pampas.
Era louca por ele. Declaradamente. Mas o relacionamento estava me fazendo mal, muito mal. Passava nervosa, comia demais, sofria demais, tinha inveja demais (sim, eu estava com inveja da felicidade dos outros... coisa mais deprimente do mundo) e não confiava nada nada nele. Não aturava mais as humilhações e as brigas que ele tinha o maior prazer em desenvolver de uma hora pra outra. Não se tinha um dia de paz.
E agora, com o fim e passado o momento de raiva inicial, achei dentro de mim uma paz de espírito que há muito eu não sabia que existia! Por mais que eu pense nele e ainda sinta algo se revolvendo aqui por dentro eu começo a pensar que o que eu sentia era só um sentimento de posse, a velha mania do "é meu". Uma pessoa que se mostrou, depois de um tempo, bem diferente da que eu conheci: queria apagar o meu brilho em qualquer situação (incluindo situações perante os meus pais) e que impunha que eu aceitasse coisas inaceitáveis; também achava que a única opinião correta era a dele, tinha prazer em me depreciar e daí pra bem pior. A pior dor que carrego a respeito disso é ter, de-repente-não-mais-que-de-repente, descoberto que eu TAMBÉM (sim, digo também dada a lista de horrores vividos) fora usada.
Meu instinto animal, selvagem, manda-grita-berra-ordena que eu tente retorno. Mas mil perdões... bendita seja a minha razão que me coloca no lugar em todas as situações. Se fosse pela pessoa que conheci, talvez até repensasse a decisão tomada. Mas eu sei que a pessoa que eu conheci não existiu senão naquela noite e em raríssimas ocasiões. Ah! E dentro da minha ilusão.
Acho que eu nunca vou ter definições bem claras sobre tudo o que aconteceu, por mais que eu quebre a cabeça every single day tentando saber o que aconteceu... não é nem questão de saber, mas de entender claramente o que foi isso exatamente.
Hoje eu, vendo reprise de novela vi a tal Heloisa a quem o falecido sempre me comparou, dizia que eu era neurótica como ela e daí por diante. Sempre compreendi o que aconteceu com a pobre (nos parcos capítulos que me prestei a assistir) da coitada. E hoje eu estava vendo uma cena que me deu um estalinho: ela quer ser mãe, como se isso resolvesse o problema do casamento dela e o marido dá uma dura nela, dizendo que ela finge que nada acontece, finge ter o relacionamento bem enquanto, na verdade, o relacionamento não existe de fato. Ele se retira da sala pra ir na casa de uma amiga. Ela, já com cíumes e mais a dor da estupidez dele, chora.
Era o que eu vivia... eu suportava coisas inadmissíveis sempre sorridente, com aquela cara de criança cagada que diz "não é comigo mamãe". Não havia relacionamento. Não havia nada! O que faltava era o basta. E eu dei.
Acho que é por isso que eu guardo questionamentos sobre o que aconteceu. Se nada existia... por que é que durou tanto? (quando me pergunto isso me sinto culpada) Por que eu deixei acontecer? (quando me pergunto isso me sinto mais culpada ainda)


Desejos, desejos...
Daqui pra frente eu só quero progredir... 2008 pra mim só guarda um símbolo: uma âncora (ou algemas?). Não vi grandes progressos neste ano pra mim, eu parecia estagnada... algo que eu nunca fui nem nunca quis ser.
Ganhei companhias novas. Perdi amizades que eu julgava leais. Enterrei pessoas queridas. Briguei muito. Reergui pessoas (que não mereciam ser reerguidas). Fechei portas atrás de mim. Mantive velhas amizades apesar de barreiras. Adquiri coisas almejadas com meu esforço. Presenteei gente que eu gosto. Aprendi a me amar mais e a pensar mais em mim. Aprendi novas habilidades (me descobri uma boa crocheteira). Me descobri com talentos desconhecidos (cantora, crê?). Adotei filhotes.
Muitos idos, vindos. Perdas, ganhos. Descobertas, redescobertas.


... e mais desejos ainda!
Agradeço por ver um 2009 nascer. Por estar viva, saudável e progredindo a cada dia.
Espero não repetir erros passados e desejo cometer muitos (se não inúmeros) acertos.
E pra quem me acompanha (à minha maneira relapsa de ser) desejo o mesmo: saúde, progresso, muita vida! Acertos e ganhos sem fim. Muito esforço e dedicação. Nada de amor e nada de preguiça!

Um beijo...
Debby.