5 de fev. de 2012

Pessoal, me mudei!


Agora estou num espaço novo, com todas as minhas bobageiras centralizadas... pra me encontrar, é lá no Debora King.
Um canto que tem a minha cara e a minha desordem.

Agradeço a todo mundo que me acompanhou por aqui desde 2008... e espero que vocês me visitem no meu novo lar virtual! Afinal...


Mi blog es su blog!

15 de jan. de 2012

Sentimentalidades Kinguianas - The Dark Tower Saga

     Mais de quatro mil páginas e quase 3 anos depois, no pôr-do-sol deste sábado... eu terminei a leitura de A Torre Negra. Não acho que seja uma notícia a ser compartilhada com ninguém em especial. É uma conquista tão estupenda para mim que penso que ela deve ficar guardada no meu coração, não ser divulgada como uma notícia a ser diminuída pelos olhos e ouvidos de outras pessoas. O êxtase e o vazio psicológico/emocional que isso me causa são tão imensos que quase ouço a canção da rosa a me puxar.
     Não é fechar um livro, é fechar 7 volumes de uma história, fechar as portas de uma jornada, encerrar inúmeros mundos além deste entre palavras que, se soltas, talvez não rendessem nem um dicionário escolar, dada sua simplicidade. É chegar ao fim de uma jornada que, inquieta, não fica inerte dentro de folhas, ela se une ao leitor como mais uma peça de um ka-tet invisível. É incrível ter sobrevivido à grandeza da Torre Negra e à implacabilidade do ka, essa força imensa.
     Não é uma jornada fácil, os desafios são muitos. Tanto para leitor, quanto para narrador, personagens, tudo. São muitos mundos que convergem para uma única coisa e o que une estes mundos é um elo só: A Torre Negra, os 7 livros que narram essa busca e que levam o leitor pela mão por lugares jamais imaginados por uma mente preguiçosa. Como se Stephen King fosse apenas o mediador de todos os pólos, a história flui da mente dele para a mente do leitor, como se o "toque" fosse algo  mais corriqueiro do que se possa crer.
     Incontáveis vezes dormi de coração tranquilo sabendo que o ka-tet dormia e respirava pesadamente ao longo do caminho.
     Não raras foram as ocasiões em que me esvaí em tiros, matando com meu coração.
     Perdi a noção das vezes que precisei forçar meus olhos marejados além do horizonte para ver se haveria um inimigo à espreita.
     E por quantas vezes eu maldisse o ka, essa roda geradora de uma existência que eu não posso controlar?
     As dores, os risos, as palestras... cada gosto, cheiro e sensação ao longo do caminho, costurados pela ansiedade de um ka-tet que não era meu.
     Mergulhei em um par de olhos azuis cravejados de marcas que traziam consigo o peso da  idade do mundo e senti as dores de um parto indigesto que consumiria uma maternidade doentia impensável.
     Sofri duas mortes precoces e revivi depois de um vício que quase me custou a vida. Aprendi que o amor não se mede pelo tamanho do corpo mortal que é deitado à terra perante a morte. O ka ensina o poder do amor de uma forma trôpega, às vezes.
     Eu, Debora, terminei minha jornada enquanto outras tantas criaturas abrem o primeiro volume pela primeira vez. O meu ciclo se fechou... mas milhares de outros estão se abrindo enquanto deito aqui minhas impressões de tudo o que vivi entre as páginas desta saga. Sinto a dor do adeus e aquela saudade boa que nos faz lembrar todo um percurso quando nos vemos aos pés da majestosa Torre.
     O sofrimento final não é privilégio apenas do protagonista. É a dor de muitos em inúmeros ondes e quandos. É dor que ultrapassa o calibre das milhares de páginas. Roland, eterno peregrino rumo à Torre Negra que por essas horas cruza novamente o deserto em busca de respostas e de uma predestinação, como um eterno salvador do elo que equilibra todos os mundos. E quem teria mais coração que ele para encarar tudo isso?


     Longos dias e belas noites, pistoleiros. Que o ka seja gentil com vocês.

5 de jan. de 2012

Curriculum Vitae

     Tenho andado numa fase de auto-análise, de olhar pra dentro, de tentar me achar. Na realidade sempre estive, nunca deu em nada, mas eu sigo inquieta. E é por essas e outras que tenho publicado tantos textos voltados pra mim mesma e com uma postura mais séria se comparada à postura que eu apresentava no começo do blog. Acho que a tal maturidade anda batendo à minha porta e, ao que parece, eu estou deixando ela entrar. Não que me agrade esse ar sério que tenho tomado diante de mim mesma... mas o tempo se encarrega de endurecer o que já foi mais flexível.
      Chega de apresentações... o fato é que a temporada de formaturas está aberta e cada vez que participo de uma formatura me voltam mil e um tópicos à cabeça. Quais? Um Curriculum Vitae de verdade, não aquele que só se baseia em papéis conquistados a custa de muito estudo/esforço, mas um curriculum que contempla a vida em si. Qual o teu currículo de vida? Já pensaste nisso? O que já fizeste de bom e mau que nunca ninguém vai tomar por quesito avaliativo, seja numa entrevista de trabalho, seja pra um concurso? Eis o meu:

     Eu sou a Debora-sem-acento-e-sem-agá, abelha em hebraico, nascida em um sábado de 1986. Sim, nasci no final de tarde do sábado, pra ferrar com qualquer festa que meus pais pretendessem. Como primogênita, dei à minha mãe todos os dissabores da maternidade, incluindo o direito ao choro. Não o meu, o choro dela, que por vezes pensava que não daria conta de cuidar da vida que tinha trazido ao mundo. Mamãe, acalma teu coração nervosinho, tu conseguiste. Aos seis meses eu já dava os meus primeiros passinhos e, como primeira estripulia, joguei uma cestinha de vime na cabeça do meu pai. Com um ano eu falava, andava e contava até 10. Pulando como uma pulga, mas contava.
     Cedo comecei a fazer aulas de balé. Parei aos 6 anos, depois de 4 anos de "pliê" e "elevê". Entrei na escola aos 5 anos, já sabendo escrever meu nome e tocando terror na torcida (um dia conto minhas histórias de escola, e não são poucas). Quase reprovei no JARDIM por ser uma aluna indisciplinada. Mas o que eu queria pintando bonequinhos quando eu já sabia ler e escrever na metade do ano? 
      Nos 5 anos que morei em São Paulo fui a maior ativista pró-gauchismo e pró-gordice que aquela cidade bizarra já viu. Brigava horrores pra defender meu direito de falar "tu" e meu direito de ser a gorda que sempre fui. Isso me rendeu muuuuuiiiitas sentadas no banquinho do santo lá da escola. Sei lá que santo era, mas muito sentei lá pra refletir sobre minhas atitudes violentas em relação aos meus coleguinhas.
     Aprendi a ler por conta. Meu pai me ensinou as letrinhas e, num domingo de sol, eu queria que alguém me lesse um gibi do Chico Bento e como o babado na TV estava fortíssimo, não fui atendida. Me tranquei no quarto e não saí enquanto não li uma página inteira. Com o cérebro exausto, saí aos berros: EU LEIO! EU LEIO! A maior emoção da minha vida até então, ler sem auxílio. Uma criança dessas não dá certo no meio das outras. E eu era avaliada pelo meu desempenho pintando boboquices e me comportando como uma apalermada. Não por eu saber ler e escrever.
     Fui Miss Caipirinha em 1995. Meu momento de glória no Ensino Fundamental. Ganhei uma faixa e uma bola de vôlei vagabundona, mas pra mim aquilo era o maior prêmio que alguém poderia conquistar. Eu deixei de ser a baderneira da classe por uma noite de festinha junina pra voltar a sê-la na segunda-feira seguinte. Grande feito pra mim, tenho a minha faixa até hoje.
     Aos 10 anos tive um choque de realidade. Eu e minha família passamos por problemas financeiros brutais de 1996 em diante. Eu aprendi a lidar com o não ter na forma mais prática e pura que eu poderia ter aprendido. E foi bom, eu descobri que não era o dinheiro que movia a minha felicidade. Sou grata pelo fato de a vida ter me ensinado lições, como a simplicidade, cedo. E por eu ter recebido do universo pais que sempre foram amorosos e nunca descontaram nos filhos as frustrações profissionais e financeiras. Crescer em um lar de amor foi fundamental pra construir o que sou hoje, mesmo eu sendo a monstra que sou.
     Fiz teatro, artesanato, cantei em coral, participei de grupos de poetas, fui campeã de caçador e vice-campeã de futebol na escola, ganhei concurso de escultura na areia e gincanas, fiz cursos profundíssimos sobre várias religiões. Fui evangélica, mórmon, católica, visitei umbanda e kardecismo. Fui fã de Hanson, Leonardo DiCaprio, KLB e Reação em Cadeia (dessa até presidente de fã-clube eu fui).
     Aos 14 anos entrei em sala de aula como professora pela primeira vez e nunca mais saí de lá. Já tinha querido ser dentista, cantora, atriz, advogada, bióloga, nada... mas sempre quis ser professora. Aos 17 concluí o curso de magistério com êxito. Era professora, oficialmente.
     Aprendi sozinha meu inglês, meu croché, meus amigurumis e os EVAs 3d. Aprendi e compartilhei o que aprendi. A vida foi boa comigo, sempre me deu o que eu queria, não tem porque eu ser egoísta. 
     Sempre li muito, independente de quando. Pra mim e pros outros. Nunca privei alguém do que eu lia, mesmo quando era chatíssima lendo coisas que só eu gostava. Que o diga minha mãe enquanto fazia o almoço comigo correndo na barra da saia dela grudada em algum livro e lendo em voz alta toda emocionada alguma coisa que pra minha mãe não fazia diferença nenhuma. Obrigada mamãe, por ter sido sempre tão compreensiva e apoiadora.
     Já tive várias facetas: poeta, cantora de chuveiro, escritora de diários, atriz de teatro escolar, lunática, cachaceira, nerd, cdf, magra, gorda, nadadora, ciclista, patinadora, punk, pink, metaleira, água com açúcar, bruta, chorona, protetora, estúpida, amável, briguenta, pensadora, explosiva, extrovertida, tímida, cara de pau, boa moça, sem-vergonha, conservadora, mente aberta, tudo e nada.
     Fui babá, dama de companhia de idosas com Alzheimer, vendi toda a sorte de muamba por catálogo, estagiei como secretária, recepcionista, professora. Vendi material de Sex Shop, croché, lingerie, natura, avon, prata, bijouterias, e mais uma infinidade de coisas. Dei aula voluntária, particular, na igreja e pras colegas de trabalho da minha mãe.
     Fiz minha faculdade custeada pelos meus estágios e meus "bicos". Me orgulho disso. Me orgulho de cada momento dentro daquela instituição. Inclusive os momentos de desespero em que pensei em desistir do curso por incompreensão de determinados professores "doutores". Fiz mil e um cursos na minha área estando lá dentro. Soube aproveitar cada oportunidade e me instrumentalizei muito, até mais do que realmente precisava. Fui até membro do D.A. de Letras por 2 anos.
     Obviamente que um dos meus estágios foi totalmente fora do que o mundo acadêmico aceitaria, mas achei uma orientadora que me deu toda a credibilidade do mundo e encarou comigo quando inventei de dar aulas de escrita criativa em um projeto extraclasse na escola em que trabalho. Foi o meu ápice em tudo que construí ao longo do meu caminho. Foi o momento em que toda a minha bagagem foi canalizada em algo que eu sabia como fazer. E eu nem sabia disso.
     Me formei trabalhando na área, não caí no mundo dos desempregados... mas não me esqueço a via-crúcis que foi chegar ao emprego que tenho agora. De tudo isso que contei, o que eu poderia contar como curriculum pra um emprego? Oi, eu sou a Debora, tenho 19 anos, sou formada em Magistério e Letras  Português/Inglês, tenho também alguns cursos na área de Literatura, de Língua Portuguesa e cultura canadense. Ponto. E todo o resto do meu caminhar? E todas as histórias que eu tenho pra contar? E tudo que vivi e que me fez ser o que sou hoje em dia? Nada disso conta? Ao mundo que vivemos não. Mas enquanto humanos sim.


     O que quero dizer com toda essa novela é que, por mais que a gente se "desbaratine" de vez em quando porque o mundo bate portas na nossa cara, não é um formato fixo e inflexível que vai avaliar o ser humano que se é. O que a gente leva por dentro é maior que isso tudo e temos que aprender a valorizar isso mesmo quando dói mais forte.
     Muitos amigos meus se sentiram tristes pelas notas do ENEM e se desacreditaram. Enfiem uma coisa na cabeça de vocês: vocês são mais do que uma prova mal formulada, a história e o caráter de vocês fala mais alto que isso. Tudo bem que isso não faz com que vocês passem no ENEM. Mas também lembra que vocês não são um fracasso da natureza, como gostam de se avaliar.
     Tenho conhecidos desempregados que se revoltaram. Recado: isso passa. E quando passar vocês vão ter apenas uma vaga lembrança do período sombrio que foi a busca por um emprego. Digo por mim, que por um bom tempo pirei desempregada e hoje em dia tenho o emprego que sempre quis. Relaxem, o universo vai dar voltas e voltas, mas vai encaixar vocês num local que o "perfil" de vocês seja acolhido com prazer.


    O que está por dentro é o que importa. Esqueçam os papéis e as máscaras.

1 de jan. de 2012

Carta ao meu eu criança.

     Vi na Zero Hora hoje (mas a edição era do domingo passado, 25/12/2011) uma matéria em que pessoas nem tão reconhecidas no estado escreviam cartas pra si mesmos quando crianças. Li uma delas, escrita pelo Duca Leindecker e me sacudi. Decidi fazer uma minha também.


     Debora, 


     Não me conheces ainda e talvez nem venhas a me conhecer por inteiro um dia, mas existem algumas coisas sobre as quais eu queria conversar. A vida é longa demais e de vez em quando podes te sentir perdida e sozinha, aquieta teu coração.
     Primeiramente, aceita os nãos que a vida te dá... entendas que eles começam em casa, no amor maternal, pra que a gente aprenda que a dor de uma negativa pode ser pior do lado de fora da porta de casa. Um não sempre é incômodo, mas espernear e arrancar os cabelos não vai te ajudar. Pondera o não e tenta converter num sim. Não sabes ainda, mas uma das tuas maiores virtudes depois de velha vai ser a facilidade em manipular os outros. Ou faz melhor, tenhas humildade e aceites esse não numa boa.
     Não existem amigos, não fica sonhando nem fantasiando sobre as tuas amiguinhas da quadra. Elas tem opinião própria, assim como tu. E tu tens defeitos, assim como elas. Vai chegar o tempo de escola e vais ver o quanto o ser humano e o tempo, se bem combinados, serão implacáveis contigo. Entende que tua intolerância à frustração e a falsidade das pessoas vão te bater na cara a vida toda, então não leva a vida tão a sério pra não machucar tanto a tua cabecinha fechada.
     A verdade sempre vai dar as caras, seja ela procurada ou não, então não fica tentando arrancar água de pedras. Espera e mantem o coração tranquilo que as tuas dúvidas vão ser respondidas quando a vida achar que é melhor. Pára de tanta pergunta, menina! Sossega e observa. 
      Repito, Deborinha... não leva tua vida tão a sério, senão as dores são maiores. O choque vai ser uma constante pra ti, com esse coração tão aberto e essa cabecinha que acha que tudo é verdade. Existe mentira lá fora do teu quarto e, mesmo que ainda não saibas o que é isso, podes ter certeza que o mundo vai ser um incômodo constante pra ti.
      Te preocupa com o que é mutável em ti, não com o que não é. Não tenhas complexos porque teu nariz, orelhas e boca não são como querias. Te preocupa com o que podes mudar em ti: teu pensamento. A adolescência vai chegar e vais descobrir por observar as colegas que incômodos com as feições de rosto vão tomar proporções gigantescas e vais comemorar tua falta de complexos. Mas relaxa, tu vais te livrar disso antes do que imaginas, com 8 anos. Não aceita que te digam que não és bonita, tu és... mas só vais entender isso depois de perceberes que não é só a magreza que pode abalar geral.
     Falando em magreza, depois dos teus 5 anos vais ganhar peso. Muito peso. Não destrói tuas mãos batendo nos coleguinhas de escola por isso, tua mãe vai padecer demais a cada sinal de saída na escola. Usa tua inteligência pra "quebrar" eles. E não esquece: gaúchos não são burros, apenas não falam "você"... um dia vais ter tanto orgulho disso que as pessoas que não falam como tu falas vão te odiar.
     Na adolescência, te mantem com a tua cabeça, vais te dar muito bem se fizeres isso. Não segue os conselhos de quem vai quebrar a cara. Mesmo que te ridicularizem por isso, um segredinho, aqui entre nós: todos os/as "populares" da tua escola não vão ter o happy ending que vais ter. Não deixa que as palhaçadas que te dizem te abalem. Não vão abalar. Teu nome não é Carrie, mesmo que um dia te sintas na pele dela quando chegares aos 16, isso passa.
     Entende uma coisa: teu lugar favorito vai ser sempre dentro da tua cabeça, mesmo quando ela tá virada em um campo de guerra. Vais ter longos dias e belas noites socada dentro do teu quarto, olhando pro teto, ouvindo música e fazendo mil e um labirintos mentais na procura de ti, revirando baús de lembranças, escrevendo poemas e histórias mentalmente ... ou só pensando mesmo. Tua dispersão vai ser uma das tuas características mais fortes, lide bem com isso. Ah, e matar pessoas mentalmente é bem legal sim, não fica te culpando por isso.
     Segredos, todas as pessoas tem os seus. Tu também vais ter os teus, não compartilha eles com ninguém se não queres que as pessoas saibam. Quem tu achas que é "melhor amigo" também tem alguém que ele acha que é "melhor amigo". Todas as pessoas tem "melhores amigos". Um segredo deixa de ser um segredo quando alguém além de ti ouve ele. Vais ter teus segredos bem guardados graças ao teu aprendizado sobre as falsas amizades e sobre individualismo.
     Papéis, papéis, papéis... não são um problema mental digno de psicólogos... tu vais ser aficcionada por papel e lápis, vais escrever quilômetros e quilômetros de palavras. Escreve tudo que te der na cabeça, é teu escape do mundo que tanto te incomoda. Outro segredinho: teus diários vão ser iniciados no momento que adquirires escrita. E tu vais te orgulhar muito disso.
     Não sofre por antecipação... tu vais fazer muito ao longo da vida, entende que enquanto  a tragédia não aconteceu, ela ainda não é uma tragédia. Mas te conforma cedo com o que te incomoda e tenta esquecer, tua memória vai ser tua maior aliada e tua maior inimiga durante a vida inteira. Ninguém lembra eternamente uma dor, um dia ela passa e a gente esquece como foi. Acredito que nunca vais entender isso.
     E por último, e mais importante: te deixa levar pelo vento, não te reprime tanto. Não te desacredita tanto, isso vai te podar as asas. Não te azeda tanto, não podes ser  uma velha de 90 anos aos 20, só porque a vida não é como tu idealizou. Lembra do "não"? Pois é, nem depois de 100 anos vais aprender a lidar com ele. Mas não deixa ele te esmorecer.


Tenhas uma boa jornada, pistoleirinha...
Longos dias e belas noites,
Debora, aos 25.