26 de jun. de 2009

É... vou comprar uma bicicleta.



Afirmação irônica? Não, não... é humor ácido mesmo.
Sabe a velha pergunta "Casar ou comprar uma bicicleta?". Pois é, é nela que me calquei. Não casarei mesmo. Sou celibatária e solitária assumida e bem feliz. Mas minha dúvida repousa em outras bandas.

Estou me enjoando do meu curso universitário. Já fui bem mais apaixonada por ele. Hoje em dia qualquer motivo é bom motivo para eu ficar em casa dormindo. Se é dia de sol é porque é dia de sol, se chove é porque não quero me molhar, se estou bem disposta é porque não quero perder 4 horas do meu dia dentro duma sala de aula ouvindo pencas de baboseiras que vão me render um canudo e merda nenhuma de emprego. Perdão caros professores que me ensinam, mas essa é a realidade.

Estou numa corda bamba que a cada dia pende pra onde meu humor me carrega. Às vezes penso em Caio, que abandonou as Letras para ser escritor. Se deu bem! E não passou pelo processo de limitação que se passa em um curso de Letras, no qual tentam controlar tua escrita, modelar, tirar rebarbas e, por assim dizer, despersonalizar algo tão pessoal quanto a escrita. Ele que foi feliz. Morreu cedo, mas não teve que brigar muito mais com esse dilema do curso universitário.

E às vezes penso na minha mãe, que saiu do curso no segundo ano. Se deu mal, e se arrepende da escolha feita. Acho que pra esse não existem maiores argumentos do que saber que a pessoa não foi bem-sucedida em sua escolha.

É mole essa escolha? Não, não é. Quando prestei vestibular pra Letras prestei esperando o tal Jornalismo que um dia viria (virá, sei lá) para a universidade em que estudo. Claro, Letras tem tudo a ver, ajuda com a escrita mimimimómómó. Sempre amei doentiamente a Literatura e a Língua Inglesa. Bastaram 2 aulas de teoria literária para que eu visse que ali era meu lugar e que se dane o Jornalismo. A Linguística também me deixou bem insana... mas isso só no começo.

Hoje em dia convivo com Literatura de uma forma que está me fazendo odiar algo que eu já amei e muito. Leio o que é pedido, mas não com o mesmo prazer, pois sei que vou ler, vou entender, vou morrer de amores, mas na prova vou tomar bomba. Linguística não temos mais. Quarto ano de Inglês não tem mais. Eu planejava estudar Linguística III e IV quando acabasse o curso, numa espécie de reingresso. Mas já não sei nem se concluo o curso. Estou vendo que a maldita da Literatura há de me prender mais um ano.

Língua Inglesa eu nem preciso falar que passo a aula voando (quando vou), né? Passei por maus bocados na parte de Língua Inglesa ao longo dos três primeiros anos da faculdade, a professora daquela época era um demônio. Era não, é. Porque ninguém matou ela ainda... hahaha. Já este ano, a professora é um amor, mas eu já enchi o saco da área em si e trago comigo (os estragos da noite) traumas de anos anteriores na disciplina. Até ler dicionário eu leio em aula... dá pra acreditar? Minha conduta está chegando a um nível que começa a atrapalhar meus colegas e perturba os professores. Não que eu não valorize o trabalho deles. É só o fato de eu não conseguir mais permanecer atenta ao que acontece na sala de aula, porque eu enchi o saco, porque eu estou vendo que este curso não vai me levar a lugar nenhum!

No meu pouco tempo de carreira na área, já vi coisas que me comprovaram por A mais B que o meu diploma não vai valer nada, que o que é necessário para a construção de uma boa carreira é um bom QI e mais nada (e arranjar o tal bom QI é mais fácil do que se pensa... mas isso depende do valor que se está disposta a pagar. Eu não pagaria valor nenhum por um QI). E eu com um curriculo invejável para a minha idade, deveria me orgulhar, mas não: pura falta de tempo tanto curso, tanto estudo, tanta merda de dedicação.

Se ao menos eu tivesse talento para alguma coisa que eu pudesse fazer de maneira autônoma... mas nem isso. A vida é dos que tem sorte, MUITA sorte. E eu nasci azarada. Fui ser gauche na vida.

Mas que se dane Carlos (o gauche), que se dane o punhe*** do Álvares de Azevedo e o trouxa do exilado aquele do sabiá.

Em 5 horas estarei queimando fuzíveis em uma prova de Literatura que, a despeito de todo o meu estudo e leitura extra, vai me dar uma notinha xinfrim. Pelo menos eu li e adquiri cultura, tu deves estar a dizer agora. Quer saber?? EU QUERO QUE ESSA PORCARIA DE LITERATURA MORRA!!! QUE BOTEM FOGO NAS BIBLIOTECAS E ME DEIXEM EM PAZ!!!

Acho que por hoje era só.

Só pra fazer jus ao nome do blog: a dieta vai bem, com o lance de eu ter virado mestre cuca, a bunda já começou a diminuir e o relógio foi fechado um buraquinho acima do comum ontem.

20 de jun. de 2009

Não ensaiei nada pra escrever aqui hoje



Você, meu amigo que acompanha esta bodega e ri da minha desgraça deve estar perguntando o porquê de eu não postar com frequência. Pois respondo: pra mim escrever é que nem cagar, preciso de inspiração,privacidade e paz de espírito. Ah, e só consigo em casa.

Ou seja, nos últimos tempos caóticos, desesperadores e depressivos que eu ando vivendo, não consigo nem me concentrar direito. Estou podre. A cara cheia de espinhas por conta do stress, olheiras que me fazem parecer um panda de cabelos levemente avermelhados (não que eu não durma, apenas não consigo PARAR de dormir).

A dieta vai de vento em popa. Estou chefiando a cozinha. Ou seja: odeio a minha comida, como só o necessário pra sobreviver.

No mais, ando fazendo a linha da típica velha solteirona: Aula de manhã, depois passo o dia crochetando, tapadinha com a minha gata. E tomando baldes e mais baldes de café. Só.

Mas o que são pequenas espinhazinhas, não é mesmo?

14 de jun. de 2009

É, comendo menos eu estou, só anda me faltando o devido ânimo para os exercícios... esta semana eu dou um jeito de me movimentar!
Meus dias andam meio parecidos e passando rápido... essa coisa de desemprego ainda vai me adoecer!

Pegunta do dia: tem como largar os games pra ir caminhar?

10 de jun. de 2009

10/06/2009 - dãããã

hahaha.. Vamos ao meu novo primeiro dia, que se deu numa terça feira, o que é bom... já comecei a dieta no segundo dia.
Comecei a manhã como todos os meus dias: lavando as fuças, escovando os dentes e bebendo meus dois copos de água (é religioso, não me perguntes)

Meu almoço foi super comportado, comi o suficiente (que é menos da metade do que costumo comer) e fogi da cozinha. Tudo ia muito bem, até que...



Cheguei no local de trabalho e soube que "o meu contrato precisava ser encerrado". Tradução: tu tá demitida, fia!
Não esquentei a cabeça por causa de emprego por estar fazendo meu pézinho de meia, mas confesso que me enraiveci porque nunca me demitiram, sempre era eu quem pedia pra pular fora, e outra: segunda-feira sempre era o dia mais f*** lá, esperaram eu fazer o trabalhinho básico de segunda-feira e me brindaram com um pé na bunda. Me emputeci mesmo e não nego. A começar que eu não fazia o trabalho para o qual eu havia me candidatado, o que muito me desmotivava... mas isso já são águas passadas e eu prefiro enterrar essa história.

Resultado da raiva? 3 pãezinhos com tudo que tem direito dentro e um café bem forte e doce antes do banho. Chutei o balde afu. Sem motivo, mas estava raivosa... fico cega quando tenho raiva. Comi mesmo e daí? Que se foda, na real... amanhã recomeço. (de novo)

Mas posso garantir que comi bem menos do que vinha comendo.
Vamos em frente que atrás vem gente e de Faustão já basta o domingo!

09/06/2009 - 5 da manhã

Até desliguei meu computador com essa. Tudo porque vestir G não é consolo nenhum (sim, tô puta).
É, eu sei que parei com a dieta e que não deveria ter feito isso, mesmo não tendo ganho peso. Mas o fato é que parei e estou dando ataque de pelancas de novo. Não me faltam motivos.

1- hoje estava atrasada para o trabalho e fui inventar de andar um pouco mais rápido... resultado: dor nas pernas que parecia que eu havia puxado ferro e falta de ar (sem desconto pra gripe). Ai que ódio do sedentarismo... mas exercícios também me deixam mau-humorada.

2 - fotos de um dos eventos do fim de semana. Já parou pra imaginar o Faustão travestido? Pois bem, cá está:



Volto ao histerismo fútil de "aimeudeuseusouobesaemorrereisenãoperderpeso". Sim, eu estou histérica.
Acabo de tomar o último copo de Coca Cola da minha vida e juro pelos meus amigurumis vivos (sim, eu tenho medo) que amanhã eu vou caminhar pra faculdade (ida e vinda).
Peso? Não sei quanto estou pesando, sequer medindo, não quero saber e tenho raiva (E MATO) quem se atrever a saber! (queima de arquivo é diva!)

Rezem por mim! (que meda!)

bjsmetwitta

28 de mai. de 2009

Oh Debby...

É irônica a forma que as músicas ativam a minha memória, como um gatilho. Estava jogando paciência ouvindo músicas no meu mp4 quando me deu um dos meus estalinhos de memória. Oh Debby... só queria te amar ...
Como sempre, minha cabeça funciona em forma de turbilhão organizado numa seqüência cronológica decrescente: primeiro as memórias mais recentes e depois a mente vai se afastando e chegando às memórias mais antigas. Acabei ancorando no último verão da minha adolescência.
Engraçado como as lembranças mais antigas são sempre as mais vívidas. Mal me lembro o que almocei mas tenho capacidade de lembrar perfeitamente de coisas que já aconteceram a um bom tempinho. Acho que isso explica o fato de muitas vítimas do Alzheimer terem parado no melhor tempo de suas vidas. Não que o fim da minha adolescência conste como o melhor tempo da minha vida, mas que foi consideravelmente bom e inesquecível... ah isso foi.
Pro Natal de 2003, uma operadora de telefonia celular lançou uma promoção na qual quem adquirisse um aparelho poderia falar todas as noites de graça para celulares de mesma operadora das 10 da noite às 6 da manhã. Bom, né?? Para uma adolescente cheia de assunto isso era bem mais que bom.
Naquele ano mesmo eu conheci uma menina que é cega, a Lu... nunca vi pessoa mais louca do que aquela figura, ela consegue ser pior que eu. E no auge das nossas loucuras, uma promoção de falar de graça era um fuzuê que deusquitilivreeguardeprasempre. Pobres das mães e dos celulares. Pobres das mães porque naquelas férias de verão não teve noite em que eu e a Lu não dormíssemos sob o mesmo teto (fosse o dela, fosse o meu), o que fazia as mães loucas! Preparar macarrão com lingüiça às 4 da manhã era nossa especialidade. Ah, e colecionar almofadas para serem usadas como abafadores de risada também. Lu que não me deixe mentir. E os celulares eu nem preciso dizer que eram usados conectados à luz, né?
Agora quem me lê se pergunta: o que tem a ver o cu com as calças? (neste caso a música com a promoção e a Lu e o fim da adolescência) Pois respondo: a promoção se deu no último verão da minha adolescência (oficialmente, claro que eu não sou adulta ainda... e quem disser que eu sou toma umas biabas), que foi quando eu conheci a Lu pela minha mãe e com a Lu aproveitei a tal da promoção. Mero detalhe: nem o meu celular nem o da Lu faziam parte da bendita da promoção. Pela Lu eu conheci um moço que ela conheceu pelo telefone mesmo (parece aquelas histórinhas de minha mãe disse que a minha tia ouviu da vizinha dela que soube pela prima do cachorro do avô do tio dela que...). Pois bem, o moço que nós duas não conhecíamos e que nem nos conhecia, mas com quem falávamos direto com a tal da promoção das 10 da noite até as 6 da manhã cantarolava pra mim essa musiquinha do TNT.
Tanta explicação pra uma lembrança que vem à minha cabeça rápida como um tiro. Saudade daquele verão, saudade da Lu, saudade da promoção do telefone e da desocupação daquele tempo, saudade da musiquinha que o moço do telefone cantarolava, saudade dos “xixis” das mães que nos reclamavam as risadas, as jantas fora de hora e o não dormir, saudade de dormir de dia e de sussurrar entre risos abafados na madrugada. Aquele verão renderia um livro se eu quisesse... tal qual muitos outros verões e outras tantas músicas. Nessas horas é que se percebe que saudade é bom, sinal que se teve história nessa passadinha tão ligeira pela terra.

6 de mai. de 2009

Esses encontros...

Tem coisas na vida da gente que fazem rir de graça e te dão o poder indestrutível de ter a capacidade de não deixar que nada que ocorra no resto do teu dia estrague o que foi tão bom ( por mais simples que isso tenha sido).
Não nos atenhamos a datas nem nada desse tipo... para quê faremos usos de convenções tão vazias se podemos falar de acontecimentos que podem valer mais do que número-barra-número-barra-número, não é mesmo? Não que eu esteja desmerecendo as datas (estou), mas nesse caso não é data a ser guardada e comemorada, então não me importo.
Num desses dias (clima de mistério para que eu não seja óbvia), tive uma prova horrenda na universidade, daquelas que no momento de saída da sala onde a prova ocorreu tu pensas: Qual é o meu nome mesmo? Esvaziei o cérebro ali... o habitual latejar da mão que escreveu demais, a cabeça tonta e o corpo bobeando por ter passado quase três horas sentado, encurvado e com o pé batendo no chão sem parar (como se isso ajudasse muito no raciocínio).
Saída de lá, parada habitual numa sacada do prédio onde estudo, conversa com os colegas que fizeram a mesma prova... todos com as mesmas caras de zumbi. Se a gripe A chegou e se ela teria a capacidade de criar zumbis com a mutação de vírus H1Z1 (ao dono da teoria, os meus parabéns, eu ri...hahaha), os zumbis éramos nós na sacada do prédio.
Ok, rumo ao CC e sedentos por café, os zumbis tem táticas revolucionárias:”- eu corro pra uma mesa e tu pega os cafés. Run!!!” (explicação: muitos alunos de várzea no CC e pouca capacidade física para comportar todos os jogadores de UNO, truco e vídeo game; matadores de aula; interneteiros, namoradores, beberrões e todos os tipos que permeiam o Centro de Convivência)
Todo mundo sentado bonitinho e...

O que eu quero contar é da visão que tive ... visão e companhia. Cansada, com dor de cabeça, na espera que o café esfriasse um pouco para que eu pudesse tomar e blablabla, vi a criatura aquela que só eu sei o que me causa - na real eu nem sei o que me causa, essa é a verdade e talvez a razão de eu estar colocando pra fora tanta informação boba de menina adolescente que escreve em diário – vi e a criatura veio imediatamente em minha direção, pra debochar como habitual. Não vem ao caso que brincadeiras da minha parte, e nem a recíproca.
Me fez cometer sandices, como habitual (2), me fez rir, riu e quase que eu morro. Eu, no auge dos meus vinte e alguns anos, pareço uma adolescente boba do lado dessa criaturinha, que coisa de louco ¬¬. A quem interessar possa: perdi a linha de raciocínio mais de três vezes, tendo que retomar o pensamento do início, ruborizada (óbviooooo); gaguejei incontáveis vezes, a coisa mais ridícula que eu poderia fazer, me julgo fluente o suficiente em português a ponto de não gaguejar e nem em público eu gaguejo... ruborizada... gaguejar é uó. A pessoa sentada ao meu lado, se aproximava de mim e eu me esquivava, estava a bem dizer quase montada no braço da minha cadeira. Por quê eu faço isso meudeusinhodocéuzinho???? Eu nunca faço isso com outras pessoas que me dou tão bem quanto com a pessoa essa, com gente que conheço a menos tempo eu tenho mais desenvoltura do que... ah, deixa pra lá.
Depois da despedida o ridículo foi maior... sabes drogado quando está numa “nice”? Debby neste momento. Doidona, loucaça. Que se dane compromisso, que me dane eu e que se dane todo mundo (aloka). Só de ver fico feliz. Fico bobinha, fico pré-adolescente de novo... nunca vi alguém colocar abaixo todas as minhas muralhas desta forma. Sempre fui bem desenvolta, mas perco as estribeiras, fico tímida, gaga, insegura, autista, burra e essa merda toda que me dá. Poxa, se eu pudesse mostrar quem eu sou... mas eu não consigo. Aparentemente nem ele. Falta o assunto no meio. Eu nem olho pra ele, acho que se olho me dá um infarto-agudo-fulminante-fatal... hahahaha pode rir que eu estou ridícula mesmo e hoje é de graça, nem me importo. Ele me olha e eu derreto, não posso olhar. Sempre tem o deboche sobre o meu cabelo, sobre as minhas coisas, sobre tudo. Sinceramente? (agora vou me achar, não leia) Sinal que ele repara nin miiimmm ^^ aiii (suspiro profundo).
Como eu estou retardada nesses dias. Podes fazer cocôzinho na minha cabeça que eu olho pra tua cara [de pau] com cara de riso e nem dou bola (alokaaaaa). Não tem o que me estrague tão cedo, isso é bom. Perto mais fraca, longe mais forte. Ai que ódio. Momento do mantra (erga seus sovacos ao céu e reze comigo):
houuumeeeeiiinnnnsssss naaauuuuuummmm preeeeeeesssssstaaaaaaaaammmmmmm
houuumeeeeiiinnnnsssss naaauuuuuummmm preeeeeeesssssstaaaaaaaaammmmmmm
houuumeeeeiiinnnnsssss naaauuuuuummmm preeeeeeesssssstaaaaaaaaammmmmmm
houuumeeeeiiinnnnsssss naaauuuuuummmm preeeeeeesssssstaaaaaaaaammmmmmm.
Nem isso me adianta mais. Que merda.
Engraçado que essa história não é nova e não adiantou de nada a tentativa de ponto final. Quer dizer.. nada existe entre nós a não ser amizade e isso é o que se vê. Mas o clima está lá. Só eu sei o que isso significa, quem é de fora acha que estou louca. (segunda tentativa de explicação) É como se tivesse algo pendente... eu sinto como se tivesse um fiozinho invisível que nos prendesse. Não sei dele, mas de mim é isso. Não vou expôr comentários de amigos meus e de amigos dele porque eu não quero deixar mais explícito do que já estou deixando o que sinto. Tenho medo do que eu possa sentir, dado o fato de eu sempre crer que não existe amor e dado o fato de eu nunca haver sentido nada do além de hormônios em ebulição. Nunca estive nesse descontrole. Já há quem me diga que isso é paixão, mas isso é coisa de boiola. O fato é que nunca tive uma amizade assim, tão extremada. É um bichinho, um alienzinho. Essa é a minha teoria.
Tenho resistência à distância, e quando estou longe o bichinho está quietinho, não dói, não faz cócegas e nem se mexe. O bichinho parece sentir-se seguro. Já na proximidade, só no bater de olhos, o bichinho acorda e fica elétrico... minhas mãos tremem, os olhos viram ventiladores, tenho que segurar alguma coisa (geralmente é o copo de café se eu não jogo ele por cima de mim antes...é, já paguei esse mico... pior de tudo foi ele não haver me ridicularizado ou debochado de mim pelo mico pago... me deixou mais desarmada ainda) e peloamordedeusinhodocéuzinho... preciso de amigos do meu lado nesse momento (tão último e tão primeiro), mas o descontrole é tanto que eu esqueço dos amigos... Larissa e Leandro que o digam... ambos comigo (Lari no msn, Leandro do meu lado) e eu esqueci completamente dos dois...
Ainda estou com o bichinho a mil [pelo Brasil] aqui dentro. Acho que é vermes. Não tenho nem saudades. Existe em mim uma segurança estranha... mas bem queria eu que o tempo fosse que nem os nossos velhos VHSs que a gente dava um éfe-éfe (sim, eu sei que Fast Forward tem em DVD também) e adiantava a história. Eu tenho medo e curiosidade com relação ao futuro. Quero ver logo o que pode acontecer no que condiz a essa parte da minha história (que, sinceramente, eu acho a mais bonita).
É pena eu saber que existem despedidas mais concretas com datas previstas... não posso torcer pelo adiamento dessa despedida iminente, ou torcerei pelo fracasso dele. O destino sempre mandou em tudo. Não é por agora que a vida vai fazer diferente. Pelo menos é isso que espero. Enquanto espero, aproveito aqueles olhos que tanto me descontrolam , opa... descontrolam o bichinho.

Livro de boiola: só mais 24 horas.

21 de abr. de 2009

14/04/2009 - The Mantra Day

citação intelectual: "Continue a nadar" (Dori - Procurando Nemo)

Hoje eu ia postar uma coisa tão feliz que escrevi na segunda... deixa pra lá... felicidade é pra quem pode.

Hoje voltei pra casa como cachorro que mordeu a perna do sofá e levou umas palmadas... acuada, medrosa e fugidia.

Aquele bom e velho senso-comum que reza "Tá na merda? Calma que vai piorar!" a cada dia se torna mais presente. Um mantra louvável.

Temo que eu tenha que me preocupar mais comigo. Acho que assim o fardo vai se tornar mais leve. O problema é: eu odeio egoísmo. Mas ao mesmo tempo eu sei: ninguém vai pensar e agir em prol de mim mesma. Umbigos foram feitos para serem o centro do universo... acho que eu preciso começar a pensar mais no meu.

Umbigos à parte, o meu dia já começou uma bosta, a seqüência foi mero jogo de "siga-o-mestre", por assim dizer até meio macabro. Até barraco na rua eu consegui! Ora veja você! Um b-a-r-r-a-c-o!!! Barraco! Barraquinho! Barracão! Barracãozinhoão! BARRACOBARRACOBARRAAAAACOOOO!!!!!

Lição de hoje? Mantra: "Tá na merda? Calma que vai piorar!"

Não gosto de acreditar nisso, porém hoje também foi o dia do mantra-senso-comum: "Acerto, ninguém vê... mas quando erro ninguém esquece" em todas-as-áreas-da-minha-vida-de-forma-completamente-unânime-em-sua-totalidade (sim, eu quis ser e fui um pleonasmo redundante repetitivo ... e irritante). Acho que eu era para ter dado mais barracos. Ou não ter acordado. Ou ter dormido de novo e acordado de novo. Ou não ter saído da cama. Ah, foda-se.

Parece a morte, a gente sempre acha que era uma situação passível de solução e usa isso pra justificar uma puta merda ou para se esconder atrás disso e se sentir menos culpado. Sabe como é nos velórios? Ai, se a gente tivesse feito aquela laparoscopia anal pelas vias aéreas talvez tivesse descoberto o problema a tempo de curá-lo mimimimigentechata. É que todo o mundo é imortal e todo o problema tem solução. Tipo isso: (bobageira, não precisa ler) Ahseeunãotivesseusadoaquelacalcinhaquemedáazareaqueleperfumedeurubumortocomfrutascítricastalveznadativesseacontecidohojeetalvezseeutivesseficadodoenteenãotivessecomparecidoaosmeuscompromissoseupoderiamefazerdepobrecoitadaenãoteriaproblemasnemnadadotipoporqueasomadosquadradosdoscatetosacaboucomomeudiaeeujánãoseimaissesoumedusaouhipotenusa.

Quer saber? FUDEU DE VEZ!!!! (parêntese: pra quem viu a comédia stand up aquela, essa expressão faz sentido... para os tapados segue o link logo abaixo. Apertes o play e aguardes a barrinha vermelha carregar, depois assistas ao vídeo atenciosamente. Ao fim me agradeças por ter sido tão caridosa em compartilhar minha cultura inútil contigo /debbyteresadecalcutá fecha parêntese )



Ter acordado hoje foi o problema. Solução imediata: Tô indo dormir.

Mantras positivos para sua vida:
(modo de uso: numa posição qualquer, pode ser sexual também, reze o mantra escolhido até sentir o corpo flutuar... o deus Murphy há de estar com você e fazer estes mantras funcionarem da melhor maneira)

*Dias [nada] melhores virão*
*Vaso ruim não quebra [se não cair]*
*Há sempre uma luz no fim do túnel [se não for o trem corre que é assalto]*
*Não há pior quando se está no fundo do poço [por isso eu sempre carrego uma pázinha]*
*Sem solução só a morte [e todo o resto]*



Murphy esteja com você. Amém

30 de dez. de 2008

2008 - o ano da âncora

"Eu que não fumo, queria um cigarro
Eu que não amo você... envelheci dez anos ou mais neste último mês
(...)
senti saudade... vontade de voltar
(...)
O certo é que eu dancei, sem querer dançar
E agora já nem sei qual é o meu lugar"




Das justificativas...
Sei que este não é o espaço para o que pretendo postar aqui. Mas se eu quiser ficar categorizando tudo o que escrevo... acho que vou pra mais de 2165461368546315 blogs.
Pois é, a dieta foi pro espaço. O ganho de peso é notável. Estou retomando a dieta pouco a pouco. Hoje evitei o pão.
O meu problema foram os últimos meses desgraçados que me apareceram no meio da estrada... dos dias finais de outubro em diante foi só stress, tensão e ansiedade demais!
Fim de ano letivo, falecimentos consecutivos na família do ex-namorado, problemas com a família do mesmo, encomendas, exame na disciplina a que mais me apliquei e daí por diante...


Dos frutos de 2008... e do porvir
Se eu pensar em frutos colhidos em 2008, o mais vistoso e mais delicioso foi a minha troca de trabalho, estou num lugar em que me sinto mais em casa do que em minha própria casa (sim, foi redundante). Mudei de serviço no momento em que eu queria abandonar o local onde eu estava trabalhando, enfim a luz no fim do tunel não era o trem! Pelo contrário, foi a chave para que eu fosse mais feliz, mais satisfeita... me impulsiona a cada dia! O lado mais lindo e brilhante de 2008.
No mais, usei a parte ruim do meu 2008 e estou convertendo num feliz 2009 pra mim. Odeio de morte essas frescuras de ano novo/feliz ano novo/adeus ano velho... mas esse ano eu precisava recauchutar tudo pra que 2009 se abra diferente pra mim, bem diferente do que foi 2008.
Comecei no visual.. cortei cabelo! E prepare-se, vou pintar... piercing também é uma das prioridades. Amanhã vou caminhar. Dieta de volta já!
Dei segmento à minha mudança removendo a "tralha": falsas amigas, namorado negligente/falso e amizades que me buscavam por interesse. Tudo no lixo, com um pé meu na bunda de cada. Feliz? Ainda não sei. Espero as conseqüências disso. A princípio estou feliz!
Ah, teve mudança pra mal também... carregarei disciplinas. Vou lidar com um lado meu que eu não conhecia: o lado fracassado. Já estou trabalhando nisso pra superar esses fantasmas que vão me perseguir ano que vem e assombrar a minha provável (ou não) formatura. O sentimento de fracasso é, ao mesmo tempo, amargo e dolorido. Insuportável, pungente e depressivo.


Do agora... incluindo o namoro falido
Estou passando por um momento meio indefinido, que eu não sei o que é, como é nem nada do tipo. Primeiras férias da minha vida! E no segundo dia eu já estava louca por não ter absolutamente nada pra fazer, nem compromisso nenhum... isso me adoece.
Terminei com o bofe também... depois de um tempo indeterminado de namoro (sim, não tínhamos data de porra nenhuma.Sabe namoro iôiô? Aquele que vai e vem? pois é) - tempo esse que estimo em algo em torno de 1 ano e 1 mês - eu desisti dele. Odeio sentir insegurança, seja no sentimento que for, amizade, ódio ou o que for; e ele me dava muita insegurança e o que é ainda pior: incerteza. Nunca soube o que acontecia dentro daquela caixa toráxica dele (agora também nem me importa mais) e mais: ainda aturei desrespeito às pampas.
Era louca por ele. Declaradamente. Mas o relacionamento estava me fazendo mal, muito mal. Passava nervosa, comia demais, sofria demais, tinha inveja demais (sim, eu estava com inveja da felicidade dos outros... coisa mais deprimente do mundo) e não confiava nada nada nele. Não aturava mais as humilhações e as brigas que ele tinha o maior prazer em desenvolver de uma hora pra outra. Não se tinha um dia de paz.
E agora, com o fim e passado o momento de raiva inicial, achei dentro de mim uma paz de espírito que há muito eu não sabia que existia! Por mais que eu pense nele e ainda sinta algo se revolvendo aqui por dentro eu começo a pensar que o que eu sentia era só um sentimento de posse, a velha mania do "é meu". Uma pessoa que se mostrou, depois de um tempo, bem diferente da que eu conheci: queria apagar o meu brilho em qualquer situação (incluindo situações perante os meus pais) e que impunha que eu aceitasse coisas inaceitáveis; também achava que a única opinião correta era a dele, tinha prazer em me depreciar e daí pra bem pior. A pior dor que carrego a respeito disso é ter, de-repente-não-mais-que-de-repente, descoberto que eu TAMBÉM (sim, digo também dada a lista de horrores vividos) fora usada.
Meu instinto animal, selvagem, manda-grita-berra-ordena que eu tente retorno. Mas mil perdões... bendita seja a minha razão que me coloca no lugar em todas as situações. Se fosse pela pessoa que conheci, talvez até repensasse a decisão tomada. Mas eu sei que a pessoa que eu conheci não existiu senão naquela noite e em raríssimas ocasiões. Ah! E dentro da minha ilusão.
Acho que eu nunca vou ter definições bem claras sobre tudo o que aconteceu, por mais que eu quebre a cabeça every single day tentando saber o que aconteceu... não é nem questão de saber, mas de entender claramente o que foi isso exatamente.
Hoje eu, vendo reprise de novela vi a tal Heloisa a quem o falecido sempre me comparou, dizia que eu era neurótica como ela e daí por diante. Sempre compreendi o que aconteceu com a pobre (nos parcos capítulos que me prestei a assistir) da coitada. E hoje eu estava vendo uma cena que me deu um estalinho: ela quer ser mãe, como se isso resolvesse o problema do casamento dela e o marido dá uma dura nela, dizendo que ela finge que nada acontece, finge ter o relacionamento bem enquanto, na verdade, o relacionamento não existe de fato. Ele se retira da sala pra ir na casa de uma amiga. Ela, já com cíumes e mais a dor da estupidez dele, chora.
Era o que eu vivia... eu suportava coisas inadmissíveis sempre sorridente, com aquela cara de criança cagada que diz "não é comigo mamãe". Não havia relacionamento. Não havia nada! O que faltava era o basta. E eu dei.
Acho que é por isso que eu guardo questionamentos sobre o que aconteceu. Se nada existia... por que é que durou tanto? (quando me pergunto isso me sinto culpada) Por que eu deixei acontecer? (quando me pergunto isso me sinto mais culpada ainda)


Desejos, desejos...
Daqui pra frente eu só quero progredir... 2008 pra mim só guarda um símbolo: uma âncora (ou algemas?). Não vi grandes progressos neste ano pra mim, eu parecia estagnada... algo que eu nunca fui nem nunca quis ser.
Ganhei companhias novas. Perdi amizades que eu julgava leais. Enterrei pessoas queridas. Briguei muito. Reergui pessoas (que não mereciam ser reerguidas). Fechei portas atrás de mim. Mantive velhas amizades apesar de barreiras. Adquiri coisas almejadas com meu esforço. Presenteei gente que eu gosto. Aprendi a me amar mais e a pensar mais em mim. Aprendi novas habilidades (me descobri uma boa crocheteira). Me descobri com talentos desconhecidos (cantora, crê?). Adotei filhotes.
Muitos idos, vindos. Perdas, ganhos. Descobertas, redescobertas.


... e mais desejos ainda!
Agradeço por ver um 2009 nascer. Por estar viva, saudável e progredindo a cada dia.
Espero não repetir erros passados e desejo cometer muitos (se não inúmeros) acertos.
E pra quem me acompanha (à minha maneira relapsa de ser) desejo o mesmo: saúde, progresso, muita vida! Acertos e ganhos sem fim. Muito esforço e dedicação. Nada de amor e nada de preguiça!

Um beijo...
Debby.

9 de out. de 2008

64º dia - Completamente controlada, feliz e 13KG a menos nos meus 157cm!

Depois de 54 dias de afastamento do meu blog... Cá estou!
Podem acreditar piamente no que afirmo: Já são nada mais nada menos que 13 Kilogramas a menos no meu bendito corpo de 1 metro e 57 centímetros.
Pode parecer um tanto inacreditável e pode até mesmo soar como conto da carochinha eu dizer que não tenho mais problema nenhum com a comida, nem eu acredito nisso também... mas é verdade! Me servir com moderação e só os meus "pastos" e lights já virou hábito comum.
Na ansiedade, perco a fome.
Esses dias nem comi tudo o que tinha me servido (considere que a minha porção é sempre a mesma, sempre) faltou estômago para aquele caminhão todo.
Vez que outra me permito um exagero, uma coisinha doce e esses dias comi macarrão (quase morri de tanto peso dentro de mim, mas comi... coisa bem bouuuaaaa!!!). Riam da gorda metida a magra: sim, passo mal se como demais ou se como algo muito pesado. Esses dias fiquei caminhando como grávida no centro da cidade porque comi num restaurante natural e me passei na porção do arroz (e acabei comendo uns trequinhos lights a mais também, o que acabou me tomando espaço dentro da pança). Isso me deixa feliz... em outros tempos comeria o restaurante, pois aquela comidinha lightzinha não me sustentaria. Nem o resto da dispensa do tal estabelecimento.
Bom, o IMC caiu loucamente. Já estou em 37.2 o que, de acordo com o sitezinho aquele que indiquei, significa que saí da obesidade mórbida pra obesidade moderada há muito tempo!!!
Ontem comprei uma roupitcha (morrendo de medo de me desiludir)... mas o resultado foi tão positivo quanto a minha entrada naquele casaco fenomenal que ganhei da Aninha! Bati o olho numa blusinha lilás G e faleci! Mas a cabeça positiva que Papai do Céu me deu com tanto amor me disse: Não entra nem com ziriguidum!!! Mandei a cabeça positiva às favas e comprei a bendita blusa lilás G. Saí da loja sem tentar vestí-la. De quebra comprei mais umas coisitas que poderiam jamais entrar no meu corpo e eu ter que jogar o dinheiro fora e doar pra um corpo mais decente que o meu seria uma necessidade.
Cheguei no serviço sem me agüentar e corri no banheiro, histérica e ansiosa. Já tinha me pesado (antes de comprar a blusa) e a balança foi minha amiga: 92.700! Só faltava entrar na blusa sem que a costura se estalasse inteira...
Fui... tirei a minha blusa com medo. Tava até afim de desistir da tal prova... mas fui, tinha uma amiga minha esperando tão ansiosa quanto eu (ela sabe quem é e sabe o quanto amo ela, nem preciso comentários maiores, né Diva???). Beleza. Só de calças e sutiã... vamos à blusa que é tão linda e matavilhosa e minúscula. Entrou na cabeça... vamos aos braços. Ai! Passou um bem, passou o outro. Ah, esse G é fake! Vamu vê! Passou legal no silicone made in barriga da mamis e deslizou... SIM! A BLUSA G MINÚSCULA DESLIZOU NO MEU CORPO IMENSO!!!! COISA BEM BOOOUUUAAAA!!! Não estalou, não esgarçou, não descosturou nem nada que um gordo consegue fazer numa peça de roupa menor que ele. Só eu sei o que foi bom aquilo! Fogos de artifício pra mim.
Tô com a blusa linda maravilhosa aqui hoje, no meu corpo... lindésima, soltinha, um xuxu!
Espero conseguir voltar aqui mais vezes! A vida anda meio caótica e acaba me tirando um pouco o gosto pelas coisas que mais amo: meus rabiscados.
Pelo menos estou deixando notícias a vocês que me acompanham e me pedem updates: são vinte e uma horas e três minutos do dia nove de outubro de dois mil e oito, sexagésimo quarto dia de reeducação e abstinência alimentar (que deixa de ser martírio dia a dia) noventa e dois quilos e setecentos gramas, uma blusa G, trinta e dois vírgula sete de IMC e uma obesa muito feliz.